
E se chovessem cores?… Se as nuvens se aconchegassem no céu e chovessem… lápis de cores?!… Correríamos para ir buscar o nosso chapéu de chuva gigante?… Saltaríamos sem pudores lá para fora para descobrir que cores novas (muito além Pantone) teriam sido acabadas de inventar?…

Teríamos favoritas?… Ou simplesmente gostaríamos de todas…? E o que desenharíamos com estes lápis mágicos?… E os nossos amigos?… Que abraço fantástico seria esse!… Um chapéu de chuva para todos e as cores a chover à nossa volta…!

A Imaginação, tal como o Amor… é daquelas coisas que quanto mais se dá, mais se tem… Imaginemos, por isso, todos os dias…

Na escola, a caminho da escola através do vidro do carro ou com o vento a soprar nos nossos cabelos. Imaginemos a brincar no jardim ou no quarto lá em casa com aquele dinossauro que, sabemos de fonte segura, ruge de verdade…

Todos os caminhos do Crescimento e da Descoberta passam por “imaginar que”… É ao fazê-lo que testamos sem riscos os nossos desejos e hipóteses… E que conseguimos antecipar o que pode correr bem… ou mal.

Quem pensar que o “faz de conta” é uma coisa de crianças… engana-se. Um dos motivos pelos quais é tão importante aprender a brincar ao “faz de conta (que)” é, precisamente, o facto de irmos precisar de o continuar a fazer quando crescermos… Para testar comportamentos, substanciar decisões e gerir emoções… Imaginemos que… Exactamente…
Catarina A. Correia dos Santos
Autora do Projecto A Casa Amarela
Licenciada e Mestre em Psicologia Clínica (I.S.P.A.)
Licenciada em Psicologia Social e das Organizações (I.S.P.A. /Katholiek Universiteit Brabant)
Membro Efectivo da Ordem dos Psicólogos Portugueses (O.P.P.)