A ciência diz (num artigo há pouco partilhado por nós) o que o bom senso já sabe há algum tempo, que ler em voz alta para os nossos filhos e para as crianças na sua generalidade, as torna mais inteligentes e mais meigas…
Ler é dar-te o meu tempo, a minha atenção, o meu carinho… É dar-te ainda a conhecer as coisas que eu conheço e achar-te capaz de entender tudo isto… É partir contigo à descoberta de tudo o que ambos não conhecemos… Falar contigo, contar-te coisas, partilhar dúvidas, “achas que façamos assim ou assim?”, precisamente o mesmo…
A minha voz soa e a minha curiosidade e o meu afecto repetem-se e propagam-se dentro de ti… Tornando-te mais perspicaz e amável face a todas as coisas. Aprende-se a Amar, ao aprender-se que se é Amado…
Tudo o que somos e conseguimos ser, nasce desse Amor… Mais importante ainda, nasce da certeza desse Amor. Por isso, quando leio para ti ou te escuto ou te pergunto o que pensas sobre algo (e escuto a resposta)… Sim, estou sem dúvida alguma a mostrar que gosto de ti… Não importa se daqui até à Lua, ou Saturno ou mesmo até ali ao primeiro guarda-sol… Porque o gostar não se mede, sente-se mais ou menos, consoante precisamos dele…
Ás vezes precisamos de voar em direcção ao ramo daquela árvore que ninguém quer que subamos ou a uma qualquer enseada “sozinhos”… E aí o amor precisa de ser leve para não nos pesar sobre as asas de Ícaro… Outras vezes, esse amor precisa de ser forte e presente… Como quando as asas se derretem contra a realidade… E é preciso poder voltar a um colo incondicional que nos ajude a compreender o “porquê” e a reconstruir-nos…
Quando se lê, subjacente às palavras que se ouvem, no meio do silêncio que se instala, prevalece um diálogo de afecto e de partilha… Há uma “história”, um “segredo”, um “sonho”… que passa a ser Nosso.
E já não só Teu. E agora, nunca mais apenas Meu.
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